Pelos corredores de paredes brancas, se ouve uma porção de sons, muitos deles de incentivo, risadas, alguns gritos e conversas. Longe de se parecer com um hospital, a sede da Apae de Santa Maria transborda sentimentos de esperança e acolhimento, tanto por atendidos quanto pelos voluntários e funcionários.
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Atualmente, um pouco afastados e de máscara, em função da pandemia, o clima é de muito trabalho nos três pilares em que a instituição se apoia: Turmas de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, Escola de Educação Especial Jandira Tolentino e Centro Especializado em Reabilitação Física e Intelectual. Atualmente, atende em média 500 crianças e adultos por semana, num total de 5 mil pessoas atendidas no geral.
GRATIDÃO
Thales da Silveira, Pedro Barros, Nícolas Karkueszesweski e José Pedro Ronzani, têm em comum, além de precisar de cuidados especiais, o atendimento e o carinho da equipe da Apae. Acompanhados de suas mães, frequentam todas as semanas as sessões de atividades físicas e brincadeiras, onde desenvolvem as atividades motoras e de relações com as pessoas.
data-filename="retriever" style="width: 100%;">Fotos: Fabiano Marques (Diário)
Há um ano, Thales participa das atividades na Apae
Raquel Ferreira da Silveira, de 39 anos, só tem a agradecer aos profissionais envolvidos no tratamento de seu filho, que é autista.
- É muito importante, ele não tinha desenvolvimento. Depois que comecei a trazer ele, há um ano, ele desenvolveu muito. O pessoal é muito carinhoso, dá bastante atenção. Ele está muito diferente depois que ele veio para a Apae, é muito bom - avalia a mãe de Thales.
Lauri Hélio Balzan, de 70 anos, é costureiro e vem de Agudo para cuidar da próteses que usa após ter parte de uma das pernas amputada.
- Faz uns quatro anos que venho aqui. Eu tinha uma prótese que quebrou, e agora o rapaz já está resolvendo. Aqui a gente é bem atendido e as pessoas são muito atenciosas - elogia.
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Pedro, de 3 anos, também faz acompanhamento na instuição
A dona de casa Simone dos Santos Barros, 33 anos, não segura a emoção quando fala da importância da instituição para a vida de seu filho de 3 anos, Pedro, que nasceu com Síndrome de Down. Com olhos lacrimejando, não poupa elogios à equipe:
- A Apae é praticamente a segunda casa dele. Aqui a gente tem toda a orientação do que precisa fazer em casa para continuar o tratamento. E aqui o ambiente é muito acolhedor desde a portaria até o atendimento. Até de pensar que, um dia, o Pedro vai parar de fazer as terapias, já sinto falta, porque é como se fossem parte da nossa família.
data-filename="retriever" style="width: 100%;">Nícolas também conta com o profissionalismo da equipe
Gisele Karkueszesweski, 31 anos, ressalta a mudança que o convívio na Apae trouxe ao seu filho Nícolas, 3 anos, após ele ser diagnosticado com autismo, pois sem a ajuda dos profissionais, era difícil lidar com a condição do filho.
- A gente sofria muito. Quando comecei a trazer ele aqui, ele começou a falar, ficou mais tranquilo, ele obedece, ele brinca com outras crianças. Em casa ele é uma criança bem mais acessível de lidar. O carinho que elas têm com ele, para mim, é gratificante. A gente sabe que com esse cuidado nossos filhos vão estar prontos para enfrentar o mundo apesar de suas dificuldades - relata a mãe de Nícolas.